Michelle de Menezes Freire1 (INOVIDE- Empresa especializada em saúde), Eric Gustavo de Almeida2 (INOVIDE- Empresa especializada em saúde), Felipe Sales da Silva3
- Enfermeira especialista em Cardiologia (UFRJ- Universidade Federal do Rio de Janeiro) Enfermeira especialista em Cuidados críticos (UFF- Universidade Federal Fluminense) Enfermeira especialista em epidemiologia, qualidade e segurança do paciente (FAMESP- Faculdade Método de São Paulo)
- Enfermeiro especialista em MBA gestão da qualidade (UNESA-Universidade Estácio de Sá) Mestre em saúde coletiva/epidemiologia (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
- Enfermeiro especialista em MBA gestão hospitalar (FAVENI)
INTRODUÇÃO: Segurança do Paciente, entende-se redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde1. Portanto, como membro executor do Núcleo de segurança do Paciente, um dos desafios encontrado foi realizar a mudança de cultura em uma unidade de saúde privada de médio porte no estado do Rio de Janeiro, para que todas as equipes de trabalho compreendessem a importância da notificação de incidentes como estratégia de melhoria do processo na promoção da “cultura de segurança baseada na notificação sem culpabilidade, na qual o aprendizado tenha mais importância que o julgamento”2 e evitar assim, incidente que resulta em dano à saúde3.OBJETIVO: Estabelecer cultura de segurança do paciente em uma unidade privada do Rio de Janeiro e aumentar a adesão das equipes na realização das notificações de incidentes. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência em uma unidade de saúde privada, através de reuniões mensais com a temática “café com segurança”. Os colaboradores eram convidados com antecedência para a roda de conversa e era apresentado temáticas relacionadas à segurança do paciente como: contextualização, cultura de segurança do paciente, protocolos de segurança do paciente, dentre outros. No final de cada apresentação, há discussões direcionadas às oportunidades de melhorias para promover o cuidado seguro. A ênfase para a notificação de incidentes era promovida para mudar a cultura do medo. A devolutiva de algumas notificações era dada para promover o aprendizado a partir das ações evidenciadas e discutidas junto à equipe. RESULTADO E DISCUSSÃO: O “café com segurança” favoreceu o envolvimento das equipes nas estratégias de promover ações para segurança do paciente. A partir das reuniões foi observado um aumento das notificações em torno de 69%. Anteriormente, o Núcleo de Segurança do paciente recebia em torno de 11 notificações. Foi observado a mudança da postura dos profissionais frente às notificações de incidentes, corroborando com a definição estabelecida na literatura sobre cultura de segurança2. É relevante nos apoiarmos em estratégias factíveis dentro das organizações de saúde de forma a promover o envolvimento das equipes para a Segurança do Paciente. CONCLUSÃO: O café com a segurança favoreceu um resultado positivo no aumento das notificações dos incidentes na Unidade e permitiu o envolvimento da equipe junto às ações de Segurança do Paciente.
PALAVRAS CHAVES: Segurança do paciente, Gestão de Risco, Assistência Integral à Saúde.
REFERÊNCIAS:
1- Portaria nº 529 de 1 º de abril de 2013 institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (Diário Oficial da União, 2 abril de 2013.
2- Patient safety incident reporting and learning systems: technical report and guidance. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 2020. Licença: CC BY-NC-SA 3.0 IGO, tradução: O Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e a Segurança do Paciente (Proqualis), liderado pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT), da Fiocruz,
3-Agência Nacional de Vigilância Sanitária Anvisa. Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa–RDC n°.36, de 25 de julho de 201. Instituições para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, 26 julho 2013.
